Na assembleia do dia 12/07, a maioria dos estudantes presentes reafirmou a continuação da ocupação da reitoria ocorrida no dia 03/07.

Conforme avaliamos em outras notas do DCE, entendemos que a ocupação havia sido precipitada, pelo fato de os estudantes estarem em férias e pelo fato de haver uma negociação em jogo. Fomos contrários à forma como ela foi conduzida, impedindo a entrada de estudantes e inicialmente limitando as reuniões do comando de greve somente aos ocupantes da reitoria.

Deixamos claro que sempre fomos favoráveis à greve, e que até o ultimo momento lutaremos pra que tenhamos vitórias. Deixamos claro também que em nenhum momento tentamos desestabilizar o movimento grevista, principalmente por entender que parte dos estudantes grevistas não estavam ocupados, e dessa forma continuamos atuantes na greve.

Conforme já haviamos alertado anteriormente, esta tática era arriscada e, caso não contasse com amplo apoio estudantil, poderia colocar a baixo as pautas estudantis construídas coletivamente, de forma a atrasar a negociação e prejudicando os estudantes em greve. Hoje nos perguntamos: quais foram as vitórias desta ocupação?

Na última Quinta Feira, os estudantes da comissão de negociação fizeram o ACORDO com a reitoria, no qual se comprometeram a defender em assembleia (20) a desocupação, visto que caso contrário poderiam ser penalizados individualmente por eventuais danos ao Patrimônio Público. Dessa forma, a ocupação da reitoria trouxe, ao invés de vitórias, retrocessos, visto que as negociações pós desocupação serão reiniciadas do zero.

Na próxima assembleia dos estudantes (dia 26) será pautada uma reavaliação das pautas estudantis, no sentido de definir ou não pautas prioritárias, algo fundamental para que avancemos nas conquistas e saiamos vitoriosos o mais breve possível, visto que os professores já estão em processo de negociação com o governo federal.

Por fim, ressaltamos que mesmo discordando da ocupação, iremos honrar o compromisso que nos foi confiado como representantes estudantis, defendendo os estudantes da ocupação de quaisquer eventuais processos administrativos, pois entendemos que na construção de um movimento estudantil forte, devemos deixar divergências políticas de lado na luta por uma universidade pública, gratuita, de qualidade, popular e emancipatória.

AVANTE ÀS VITÓRIAS CONCRETAS!