XVII Congresso dos Estudantes da UFPR: confira as resoluções aprovadas

17ceufpr1Matinhos/PR – Cerca de 200 estudantes dos diversos cursos e campi da Universidade Federal do Paraná (UFPR) participaram do XVII Congresso dos Estudantes da UFPR, evento este ano sediado no Setor UFPR Litoral entre os dias 14 e 16 de junho.

Com o tema Lutar quando a regra é vender, as mesas, os painéis e os grupos de trabalhos tiveram foco na discussão do movimento estudantil UFPR e das conjunturas para a Educação, da assistência estudantil, do novo Estatuto da Universidade, da autonomia universitária e setores, da estrutura e da importância da Universidade para a população do Estado.

O Congresso também trouxe temas como: a Greve 2012, onde foram lembrados os atos da ocupação e pautas dos estudantes; competições universitárias; privatizações; drogas; medicalização à vida; megaeventos, e; comunidades tradicionais. Pela importância, o Painel Opressões e Mobilidade Urbana tiveram destaque neste Congresso devido às manifestações que ocorrem por todo o País.

Setor UFPR Litoral

O DCE UFPR reconhece a insatisfação das(os) estudantes do Setor UFPR Litoral em relação à aprovação do regimento deste (novo poste em breve) e à falta de proximidade entre as(os) estudantes dos diversos setores da Universidade, e que ao longo do ano buscara uma relação mais próxima inclusive com os centros acadêmicos. Finalizamos este Congresso com o compromisso de acolher as pautas locais, ouvir toda a estudantada e unificar as nossas lutas!

Leia na íntegra as resoluções aprovadas do XVII Congresso dos Estudantes da UFPR:

17ceufpr2Movimento Estudantil

• Criação de uma comissão que acompanhe as pautas do pós-greve de 2012;
• Criação do fórum dos dirigidos (fórum unitário das categorias), no qual seja debatido junto à estatuinte e que discuta a questão da democracia na Universidade;
• Que o DCE construa a Jornada Unificada de Assistência Estudantil;
• Campanha contra a cota de 40% da meia entrada, favorável à meia entrada para toda a juventude e contra o monopólio das carteirinhas da UNE;
• Que os estudantes componham os comitês de construção dos encontros estaduais de educação propostos pelo ANDES;
• Que os estudantes construam a CONAE;
• Construção de um ato com o tema “1 ano de greve”;
• Que as bolsas fornecidas sejam equiparadas a um salário mínimo.

17ceufpr4Assistência Estudantil

• Defesa dos R$2,5bi para o PNAES;
• Pautar a construção do Encontro Nacional da Educação para os estudantes da UFPR;
• Reestruturação da assistência estudantil para o novo perfil de estudante;
• Defesa dos 10% do PIB para a educação PÚBLICA JÁ;
• Que a UFPR participe da Jornada Unificada pela Assistência Estudantil, em agosto;
• Defesa pelo reconhecimento dos nomes sociais d@s transsexuais;
• Construção de casa de estudantes mistas;
• Criação de instância com participação estudantil que fiscalize as pró-reitorias em relação à permanência e elabore a política de permanência estudantil da UFPR;
• Reivindicar para não ter a contrapartida de 12h para receber a bolsa permanência;
• Construir um espaço de discussão sobre o PNE da sociedade brasileira;
• Discutir as políticas e o serviço da assistência social e da Coordenação de às entidades Estudantis da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (CAEE PRAE UFPR);
• Debater o financiamento da Educação através de fórum da permanência estudantil e no debate da estatuinte;
• Debater a permanência estudantil com o recorte da população negra;
• Transporte para estudantes do CEM para as cidades próximas e laboratórios;
• Reivindicar a vitória da greve: Construção de casas de estudantes no CEM, Litoral e Palotina;
• Unificação na reivindicação da construção das creches;
• Reavivar o movimento que participou da greve para reivindicar as pautas conquistadas;
• Reivindicar na estatuinte uma percentagem específica para a permanência estudantil;
• Lutar pela autonomia dos cursos na reforma pedagógica;
• Reivindicar construção de casas estudantis no Litoral e em palotina;
• Descentralização da PRAE Curitiba, com representação no litoral, CEM e Palotina;
• Que todos os acessos de permanência estudantil contemplem também os outros campi, além de Curitiba.

17ceufpr3Estatuinte

• Debater sobre assistência estudantil;
• Debater sobre o centro de eventos;
• GT concepção de Universidade;
• Espaço público de discussão sobre a estatuinte para os estudantes. Resgatar e esclarecer a funcionalidade da estatuinte e que o espaço contemple os diferentes posicionamentos políticos acerca desta pauta;
• Espaço público de discussão sobre a estatuinte com as 3 categorias.

Greve

• Que o ME da UFPR construa o pós-greve para a efetivação das pautas conquistadas; que exista uma articulação entre as comissões e que possa haver a presença de pessoas de outras comissões nas reuniões de negociação;
• Retomar as pautas nacionais do Comando Nacional de Greve dos Estudantes de 2012;

Autonomia Universitária

• Autonomia da Universidade na escolha da forma de ingresso;
• Garantir a transparência no uso dos recursos da Universidade;
• Criação de espaço de discussão de currículo dentro da Universidade, para intercâmbio de ideias entre os cursos com as mesmas problemáticas;
• Defesa de concursos públicos transparentes e que tenham como eixo a participação das categorias na definição do perfil dos docentes e dos projetos políticos pedagógicos;
• No próximo PERÍODO de luta ter um fortalecimento da educação prática, política e teórica ATRAVÉS DOS ESPAÇOS DE FORMAÇÃO DO PRÓPRIO MOVIMENTO;
• reconhecer a interferência da Universidade e da iniciativa privada na produção cientifica, mas também aproveitar ao máximo o potencial desta produção para luta).

Mobilidade Urbana

• Pautar a questão da qualidade do transporte nas mobilizações atuais;
• Redigir nota de apoio às mobilizações nacionais em relação à redução de tarifa de ônibus;
• Proposta de intercampi à noite nos campi botânico e politécnico e campus mais necessitados, além de o ponto de parada do ônibus ficar localizado dentro do campus;
• Que se efetive a comissão do intercampi de forma ampla para garantir a conquista da greve de 2012 em relação à rota do intercampi passando pelo Departamento da Educação Física;
• Apoio à classe dos trabalhadores: motoristas e cobradores do transporte coletivo;
• Lutar pela difusão de modais alternativos para modalidade urbana.

Privatizações

• Promover espaços que discutam as privatizações dentro da UFPR;
• Que o ME da UFPR se posicione contrariamente as privatizações e concessões na UFPR;
• Rever a lei de contratação dos servidores públicos do ensino fundamental e, após isso, pautar a abertura de concursos públicos;
• Que a UFPR exija das empresas de parcerias público-privadas melhor qualidade de trabalho aos seus terceirizados.

Medicalização da Vida

• Deve-se assegurar o conhecimento das comunidades tradicionais;
• Mais acessibilidade: apoio psicológico ao estudante de todos os campi, professores e disponibilização de materiais que possibilitem o entendimento e estudo para portadores de necessidades especiais em todos os cursos.

Licenciaturas

• Retomar o fórum de licenciaturas de caráter democrático e organizado pelos Centros Acadêmicos; fomentar debates, articular os cursos e estar na luta concreta dos estudantes; debater, entre outras, as seguintes pautas: Separação dos currículos em licenciatura e bacharelado; Currículo do ensino básico; Retorno de filosofia e sociologia no ensino médio; Ensino à distância; PBID; Luta dos trabalhadores da educação e PSS, e; rede de aplicação.

Megaeventos

• Travar a luta contra o programa de voluntariado da copa;
• Cobrar a fiscalização das verbas investidas em megaeventos;
• Contra a vinda de megaeventos na perspectiva dos projetos políticos neoliberais por trás dos mesmos;
• Dialogar com a população de maneira que esta compreenda o que são estes e a quem eles servem;
• Antecipar e programar as ações para os próximos megaeventos;
• Que o Movimento Estudantil componha as movimentações e atos populares existentes contras estes megaeventos, fomentando o debate sobre o tema.

Painel de opressões

• Que todos os cursos da UFPR impulsionem grupos de discussões sobre opressões;
• Rearticular a organização de semana de combate às opressões na UFPR;
• Que o Movimento Estudantil da UFPR construa a luta contra a homofobia dentro da Universidade;
• Que o Movimento Estudantil da UFPR construa uma cartilha sobre opressões;
• Construir o 1º encontro sobre opressões na UFPR;
• Que o Movimento Estudantil construa um fórum consultivo do DCE UFPR, permanente e autônomo, sobre negras e negros, para a unificação da pauta da UFPR;
• Que o Movimento Estudantil paute a criminalização da homofobia;
• Que sejam criados espaços para coletivos de diversidade dialogarem;
• Realização de um congresso anual sobre diversidade sexual;
• Participação do Movimento Estudantil no Projeto de Extensão sobre a Violência Contra a Mulher.

Competições universitárias

• Regulação e estruturação de projetos perante à UFPR (aplicação prática do conteúdo de sala de aula);
• Contra as parcerias público-privadas para a execução destes projetos;
• Criação de grupo de discussões e ação sobre benefícios para os projetos;
• Maior incentivo ao esporte, com o fomento à participação estudantil e utilização dos espaços da Universidade gratuitamente, além da compra de materiais e estrutura.

Comunidades tradicionais

• Articulação do Movimento Estudantil à Via Campesina e às Povos e Comunidades Tradicionais através da extensão;
• Discutir a inserção da extensão para outros cursos;
• Encaminhar um espaço com reuniões periódicas para discussão do tema.

Drogas

• Criar um grupo de debate sobre anti-proibicionismo e criminalização da pobreza;
• Pautar a descriminalização das drogas constantemente nos eventos da UFPR;
• Que o movimento estudantil pressione o estado para a criação de programas para reinserção de ex-usuários à sociedade.

Atos em apoio ao Movimento Nacional Contra o Aumento da Passagem

ato curitibaCuritiba – O Diretório Central dos Estudantes (DCE UFPR) convida a estudantada para os atos em apoio ao Movimento Nacional Contra o Aumento da Passagem.

Novos eventos convocados via Facebook: III Ato em apoio ao Movimento Nacional Contra o Aumento de Passagem está marcado para hoje (17), às 18h, na Boca Maldita, e; também está marcado para sexta-feira (21),  a 2ª Farofada do Transporte, na Praça Rui Barbosa.

São algumas das pautas reivindicadas:

– Redução imediata da tarifa (R$2,60 comum E R$1,00 domingueira) e congelamento nestes valores;
– Repúdio à violência, abaixo a repressão, contra a criminalização dos movimentos sociais;
– Passe livre estudantil;
– Abertura da caixa preta da Urbs e transparência nos subsídios;
– Tarifa Zero;
– Constituição de frota pública;
– Repúdio ao projeto de segregar mulheres no Transporte Coletivo (Ônibus Rosa);
– Mobilidade Urbana Sustentável e Acesso à Cidade
– Contra os Crimes de Estado da Copa do Mundo

Eventos também dispõe de orientação jurídica para quem for a Manifestação:

1. A polícia PODE te deter, por alguns minutos, para “averiguação”. Ou seja, para verificar se você está carregando bombas, armas, drogas, etc. A polícia NÃO PODE te prender para averiguação, te jogar em um camburão, e te levar para a delegacia;

2. Se você for pego cometendo algum crime (independente das razões para isso), você poderá ser preso. Se você estiver portando drogas, bombas, armas, ou estiver depredando o patrimônio público, a polícia PODE te prender e te levar para a delegacia;

3. Você tem o direito de permanecer calado diante de qualquer pergunta, de qualquer autoridade. Você também tem direito, na delegacia, de contar com o auxílio de um advogado. Se você for preso, levado para a delegacia, e quiserem tomar o seu depoimento, EXIJA um advogado presente. Se não permitirem a presença de um, dê como declaração o seguinte: “PERMANECEREI EM SILÊNCIO, PORQUE ME FOI NEGADO O DIREITO DE TER UM ADVOGADO ACOMPANHANDO ESTE ATO”. Isso tem que ficar documentado no papel. Se o delegado ou o agente da polícia civil se negar a colocar isso no papel, NÃO ASSINE NADA!

4. Na delegacia, LEIA TUDO ANTES DE ASSINAR! Se o que estiver escrito não for a realidade, ou se você não disse alguma coisa que está escrita, NÃO ASSINE;

5. Se você for preso, não adianta discutir com o policial. Não reaja. Anote o nome de todos. Grave-os na sua memória. Se você vir alguém sendo preso, FILME! E, se souber o nome de quem está sendo preso, colete outros nomes ao redor, com telefone para contato, que poderão no futuro servir de testemunhas. Após, entre em contato com a pessoa que foi presa e repasse as informações.

6. Qualquer revista da polícia, em você ou em mochilas, DEVE SER FEITA NA PRESENÇA DE TODOS. A polícia NÃO PODE pegar a sua mochila e ir verificá-la longe dos olhos de todos.

7. Se você estiver machucado, EXIJA ATENDIMENTO MÉDICO IMEDIATO, mesmo antes de ir para a delegacia. A sua saúde deve ser mais importante do que a sua prisão.

8. Alguém foi preso ou está precisando de auxílio de algum advogado, entre em contato pela página ou inbox de organizadores. Estamos dispostos a te ajudar, gratuitamente.

9. E o mais importante: viu alguém sofrendo qualquer tipo de abuso? FILME! A polícia levou a mochila para revistar, sem o acompanhamento de ninguém? FILME! Viu alguém sendo preso por portar coisas legais, como vinagre ou máscaras, FILME! Anote o nome dos policiais que abusarem. Se ele não estiver portando alguma identificação, TIRE UMA FOTO! Depois buscaremos, com esses dados e com essas provas, a responsabilização do Estado e do policial que cometer os abusos.

E lembrem-se: uma luta séria, sem violência, sem destruição de patrimônio público, nos dá mais força. FORTALECE O MOVIMENTO. Não seja violento, para não legitimar a violência policial.

Estudantes que participaram dos atos contra o aumento de passagens em São Paulo.

Estudantes que participaram dos atos contra o aumento de passagens em São Paulo.

Nas páginas dos eventos veja quais são as capitais e demais cidades que têm atos marcados para os próximos dias!

PROGRAMAÇÃO – XVII Congresso de Estudantes da UFPR

Acontece neste fim de semana (14, 15 e 16 de junho), no Setor Litoral da UFPR – Matinhos – O XVII Congresso de Estudantes da UFPR! O credenciamento de delegad@s e as inscrições para observadores já foram encerradas. Confira abaixo a programação e os horários dos transportes!

Cartaz

SEXTA FEIRA – 14/06

  • 21h00min – Mesa de abertura: Conjuntura da Educação e retirada das credenciais para delegad@s e suplentes.,

SÁBADO – 15/06

  • 09h00min – Mesa: Autonomia e democratização da Universidade – Estatuinte.
  • 11h00min – Grupos de trabalho: Movimento Estudantil; Assistência Estudantil; Estatuinte.
  • 12h30min – Almoço
  • 13h30min – Grupos de trabalho: Greve; Autonomia Universitária; Privatizações.
  • 15h30min – Painéis: Debate sobre opressões (machismo, homofobia, racismo e preconceito contra deficientes físicos).
  • 17h00min – Grupos de trabalho: Mobilidade; Licenciaturas; Medicalização da Vida; Internação Compulsória.
  • 19h00min – Jantar
  • 20h00min – Grupos de Trabalho: Novos Campi da UFPR; Megaeventos; Comunidades Tradicionais e o Neodesenvolvimentismo; Direito à Memória e Verdade; Antiproibicionismo.

DOMINGO – 16/06

  • 09h00min – Plenária Final
  • 12h00min – Almoço
  • 13h00min – Plenária Final

SAÍDA DE ÔNIBUS (14/06)

  • Palotina: 08h00min
  • Curitiba:  14h00min (restam 8 vagas) – Local a confirmar ainda hoje (13/06)
  • Curitiba: 19h00min – Centro Politécnico

ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO

@s participantes ficarão alojad@s nas salas de aula do Setor Litoral da UFPR, sendo que as acomodações ficarão a cargo de cada participante, demandando colchões de ar e afins. As refeições serão realizadas no Restaurante Universitário do setor.

Para mais informações, entre em contato.

Campanha pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher aceita trabalhos

VIOLENCIAMULHERAlunos de graduação e pós-graduação da UFPR que desejarem apresentar trabalhos ou realizar atividades durante a 1ª Campanha pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, têm prazo até o próximo dia 17 para se inscrever.

O evento, organizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), será realizado dia 24 de agosto, nas dependências da Faculdade de Direito, na Praça Santos Andrade.

Entre os objetivos da Campanha estão orientar e atender as mulheres em situação de violência doméstica e familiar, e que residem em Curitiba e região metropolitana.

Interessados devem entrar em contato com Débora Schnekemberg, do DCE pelo e-mail [email protected] ou pelo fone 9660-9860.

Mais informações no site Proec.