Leia as resoluções aprovadas do 53º Congresso da UNE

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Cerca de 40 estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) participaram do 53º Congresso da União Nacional dos Estudantes (53º Conune), em Goiânia/GO.

Em um processo eleitoral que teve participação recorde e delegados que representam 98% das instituições de ensino superior – públicas e privadas – do Brasil, Virgínia Barros foi eleita pela chapa “Bloco da unidade para o Brasil avançar”, com 2.607 votos (69%), dentro de um total 3.764 universitários credenciados.

As outras chapas concorrentes foram “Oposição de Esquerda da UNE”, com 618 votos (16,4%) e “Campo popular que vai botar a UNE pra lutar”, com 539 votos (14,3%).

Independentes ou organizados nos diversos coletivos, os estudantes paranaenses se destacaram por apresentar diversidade nas pautas de lutas. Foram mais de 7 propostas publicadas e defendidas.

Veja vídeo da Plenária Final do 53º Congresso da UNE.

Leia abaixo a íntegra das três resoluções aprovadas no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), para as áreas de Conjuntura, Educação e Movimento Estudantil.

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Atual presidente da UNE é mulher e pernambucana. Virginia Barros (Vic) foi eleita pela União da Juventude Socialista (UJS) e campo majoritário do 53º Conune.

Conjuntura

O 53º Congresso da União Nacional dos Estudantes realiza-se em meio a um contexto histórico e político muito peculiar. Este é um cenário da crise política do capitalismo, de fortalecimento da integração da América Latina e o Caribe e de importantes conquistas para a juventude e os estudantes. Assim, os desafios que se apresentam para o movimento estudantil são do tamanho do Brasil.

O cenário político a nível internacional é de relevante intensidade e efervescência. Na Europa e nos EUA a crise do modelo capitalista aflorou a face mais conservadora da direita do continente. As políticas de ataques aos direitos sociais e civis da juventude e dos trabalhadores tem levado esses atores às ruas de maneira massiva apresentando o questionamento do Imperialismo e a necessidade de superação do capitalismo. Enquanto isso na América Latina avançamos na integração da região e do protagonismo do Brasil. O fortalecimento do Mercosul, UNASUL, ALBA e CELAC, este último como o primeiro órgão multilateral continental que envolve todos os países da América Latina e do Caribe da história. Assim, a partir da eleição de governos progressistas nos países da região o cenário político na América Latina e o Caribe tem sido de avanços. É nesse sentido que defendemos o avanço do processo de integração e cooperação entre os nossos países fortalecendo a integração social, política, educacional e cultural. E, a adoção por parte do Brasil de eleições diretas para o PARLASUL (Parlamento do Mercosul).

No Brasil o cenário não é distinto. Chegamos a esse 53º Congresso da UNE com o acúmulo de 10 anos de um novo ciclo instalado no país. Encontramos um Brasil mais democrático, com políticas sociais de inclusão social e com desenvolvimento soberano. Entretanto as necessidades do povo brasileiro ainda são estruturais. Ainda somos aproximadamente 13 milhões de analfabetos, 50% dos domicílios brasileiros não possuem saneamento básico, a escola pública continua sendo de baixa qualidade e com altíssimos índices de evasão, os casos de racismo, homofobia, machismo, etc. ainda são muito presentes na sociedade brasileira. Nesse sentido precisamos avançar na luta por mudanças ainda mais profundas na sociedade brasileira que fortaleçam o desenvolvimento soberano do país, que combata todas as formas de preconceito e injustiças, e com mais democracia.

Dessa forma , a luta pela democratização dos meios de comunicação assume um papel central para a democratização da sociedade brasileira. Não contribui para a democracia o fato de termos um oligopólio na área das comunicações onde poucas famílias controlam a programação de toda a população. Assim sendo, a mídia atual não representa a opinião pública, mas apenas a opinião publicada. Por isso, a luta pela consolidação de um novo marco regulatório para a comunicação é fundamental.

Ainda, defendemos o direito ao desenvolvimento, contudo, o crescimento econômico necessita estar atrelado ao respeito ao meio ambiente. Nesse sentido destacam-se três aspectos: o aproveitamento dos recursos energéticos do país, a defesa intransigente da soberania da Amazônia bem como de todos os biomas e o dialogo com os movimentos sociais e com as comunidades tradicionais.

Por isso, o ciclo de conquistas sociais iniciado por Lula e continuado por Dilma precisa ser aprofundado. Assim, honrando a história daqueles que lutaram pela democracia e soberania do nosso país convocamos a reedição da campanha “O Petróleo é Nosso! Contra os leilões!”.

Educação

Os países que mais investem em educação são também, e não por acaso, as maiores potências em desenvolvimento econômico, social e político do mundo. O Brasil ainda está distante desta realidade, mas no cenário internacional ascendeu economicamente e em qualidade de vida, conquistando expressão política mundial. Consideramos que são muitos os desafios para um país que quer se desenvolver de forma sustentável e soberana, mas consideramos também que temos muito a nosso favor, de um lado uma amplitude de recursos naturais à nossa disposição, de outro, uma população inventiva, expressiva, otimista e com muitas potencialidades.

Os últimos 10 anos, com a abertura de um novo ciclo de maior democracia e participação do povo, foram de muitos avanços para a educação brasileira. Com o processo de expansão das federais e democratização, em especial o REUNI, o número de matriculas nessas universidades dobrou. Com o ProUni mais de 1 milhão de jovens brasileiros realizam o sonho de ingressar na universidade. O Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) garante que muitos estudantes não evadam e concluam seus cursos. Essas conquistas, fruto da mobilização estudantil, construíram um cenário muito positivo para a educação brasileira. As conquistas mais recentes dos estudantes brasileiros foram a reserva de 50% das matriculas das IFES para estudantes oriundos da escola pública e o lançamento do Programa Nacional de Bolsa Permanência com o protagonismo central da UNE. Contudo, essas conquistas não caíram do céu. Foram inúmeras jornadas de luta em todo o país, greves, ocupações de universidades, do Congresso Nacional e da própria Esplanada dos Ministérios, paralisações, reuniões e encontros.Assim, esse contexto apresenta ainda, importantes contradições e desafios.

Apesar dos inúmeros avanços na área educacional, muitas contradições seguem presentes no quotidiano da educação. Ainda, somente 13% da juventude brasileira tem acesso ao ensino superior e as universidades possuem um forte caráter elitista. Além disso, 75% das matriculas em ensino superior no Brasil seguem no setor privado que continua em expansão e sem regulamentação. Ainda, o processo de desnacionalização da educação brasileira que hoje já atinge o número de 20% das IES privadas que pertencem a grupos econômicos internacionais fortalece o processo de mercantilização do ensino. O recente caso da fusão entre a Anhanguera e Kroton apresenta um importante debate sobre a qualidade e a manutenção do tripé ensino, pesquisa e extensão. Ainda mais, apresenta um cenário preocupante de perda de soberania cientifica e tecnológica e da produção do conhecimento. É nesse sentido que a luta pela aplicação de 10% do PIB, 50% do fundo social e 100% dos royalties do Pré-sal tem caráter estratégico no sentido de inserir a Universidade no processo de desenvolvimento brasileiro.

Por fim, a Universidade possui um papel estratégico na sociedade. Muitos avanços foram conquistados com muita luta. Porém, muitos são os desafios rumo aeducação que queremos, superar a educação sexista que reproduz esteriótipos que enclausuram mulheres e homens em mundos divididos em rígidos padrões de comportamento, que beneficiam a desigualdade de gênero. Assim, fortalecemos o compromisso com a luta pela Reforma Universitária dos estudantes.

Movimento Estudantil

A UNE tem sido protagonista das principais conquistas dos estudantes brasileiros. Nesse último período conquistamos a criação do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), conquistamos o número de mais de 1 milhão de bolsistas no ProUni, a reserva de vagas de 50% das matrículas das Universidades Públicas para estudantes oriundos das escolas públicas. Outro passo importante foi a inclusão do direito a meia-entrada no estatuto da juventude, a UNE tem lutado para que a meia entrada, banalizada pela MP 2208-2002 no governo FHC, seja de fato assegurada aos estudantes. A regulamentação da meia-entrada reduzirá o preço dos eventos em 30% e garantirá um piso de 40% dos ingressos sejam vendidos sob lei em todos os eventos culturais no país. Ainda, a expansão das universidades federais que levou a duplicar as vagas nas universidades públicas e a criação do Programa Nacional de Bolsas Permanência tem a marca da luta dos estudantes, tem o carimbo da UNE.

Todas essas mudanças estão transformando o perfil da universidade brasileira e a UNE precisa ser o reflexo desse novo ciclo, que permite uma nova composição social inserida no ensino superior. Para isso, o Movimento Estudantil precisa se desafiar a tornar-se cada vez mais forte a rede da UNE. Os encontros temáticos tal como o Encontro de Mulheres Estudantes (EME), o Encontro de Negros e Negras da UNE (ENUNE) incluindo o Encontro de Estudantes em Defesa do SUS, realizado junto com a Bienal da UNE, fazem da UNE uma entidade que dialoga com o novo perfil dos estudantes brasileiros, fruto do processo de avanços na educação do país. É com as UEE’s, DA’s, CA’s, Executivas de Curso, Atléticas, Empresas Juniores, toda a rede da UNE, que conquistamos vitórias para mudar a realidade dos estudantes brasileiros.

A realidade que queremos conquistar é ainda mais ousada. Assim, diante da Plenária Final do seu 53º Congresso Nacional, unidos e cheios de esperança, convocamos a juventude para tomar para si o seu futuro e o futuro de nosso país, defendendo a Jornada Nacional de lutas em agosto de 2013, ao lado de todos os movimentos sociais. É hora de ocupar as ruas e tomar as universidades por:

1. 10% PIB para Educação Pública;

2. 100% dos Royalties e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para Educação Pública;

3. Democratização do acesso e permanência na universidade;

4. Cotas raciais e sociais nas universidades estaduais;

5. Regulação do ensino privado e proibição do capital estrangeiro;

6. Mais qualidade nas universidades brasileiras;

7. Curricularização da extensão universitária;

8. Uma política macroeconômica que esteja a serviço do desenvolvimento do país. Não ao contingenciamento e cortes de verbas para pagamento da dívida pública;

9. Contra os leilões do petróleo;

10. Investimento de 2,5bi em assistência estudantil;

11. Direito à Memória, Verdade e Justiça. Pela revisão da lei de anistia e punição dos criminosos da ditadura;

12. Democratização dos meios de comunicação.

Em breve todas as teses do 53º Congresso da UNE serão publicadas no Caderno de Teses da entidade. Demais resoluções apresentadas e defendidas pelos coletivos e chapas não aprovadas podem ser encontradas em sites próprios das organizações estudantis presentes no Conune.

DCE UFPR participa de reunião da Campanha “Para Expressar a Liberdade”

965049_10201299755075829_134636252_o (1)Nesta terça-feira (28), em Curitiba, o DCE UFPR participou da primeira reunião de organização da Campanha Nacional “Para Expressar a Liberdade” para o Estado, na sede do Sindicato dos Psicólogos do Paraná. Estiveram também presentes os movimentos sociais, sindicatos, ONGs, partidos e demais entidades estudantis. A reunião foi puxada pela Frente Paranaense pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex-PR).

A campanha “Para expressar a liberdade” foi lançada em agosto do ano passado pela articulação do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e tem como objetivo a apresentação de um Projeto de Lei de iniciativa popular para uma nova lei geral da comunicação no Brasil.

O ponto de partida do projeto de lei são as mais de 600 propostas aprovadas na I Conferência Nacional de Comunicação em 2009 onde participaram dezenas de entidades da sociedade civil que acreditam que uma nova lei geral de comunicações é necessária para mudar essa situação. Não só necessária, mas urgente.

A reunião definiu uma data de lançamento da campanha, que acontecerá no dia 31 de agosto em Curitiba. Acredita-se que até lá mais entidades, movimentos e militantes dispostos a construir esta campanha estejam envolvidos para as diversas ações no Estado. A campanha também pretende recolher assinaturas em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular.

Uma nova reunião de organização da Campanha foi marcada para o dia 11 de junho, às 18h30, no Sindijor-PR.

53º Conune: veja a programação e os principais temas que estudantes da UFPR irão debater em Goiânia

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Há poucos dias de iniciar o principal congresso estudantil do País, o Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune) – 53ª edição, estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e das universidades públicas e privadas brasileiras  se preparam para avaliar e debater os rumos da educação e do desenvolvimento econômico e social.

Os temas com maior destaque são sobre a destinação de verbas do petróleo para a educação, maioridade penal, regulamentação dos meios de comunicação, liberdade de expressão, reforma política, 6 anos de Reuni e expansão do ensino público federal. Veja a programação completa, os convidados para as mesas de debate e demais temas:

O Petróleo na mesa de debatepetroleo

A pauta de reivindicação para o financiamento da educação pública com 100% dos royalties do petróleo e 50% do fundo social do Pré-Sal é bandeira que a UNE tem defendido dia a dia. Mas não é só na educação que as jazidas descobertas no País podem fazer a diferença.

O petróleo é o recurso energético mais estratégico do planeta e tem alavancado nossa economia e causado impacto na balança comercial brasileira. Para contextualizar o debate em torno da importância destes recursos para o povo brasileiro, o 53º Congresso da UNE convidou alguns especialistas para discutir o papel do petróleo no desenvolvimento socioeconômico do país.

Os convidados são: Ildo Sauerprofessor da USP e ex-diretor do departamento de petróleo e gás da Petrobras; João Antônio de Moraes, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP); Fernando Leite Siqueira, vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet). O ex-diretor da Petrobrás já declarou em entrevista que o Brasil não está dimensionando o real potencial do petróleo, e que isso pode nos custar caro lá na frente. Quer entender melhor? Participe da discussão. 

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Democracia e Reforma política

O recebimento de doações oriundas do setor privado durante as campanhas eleitorais possibilita o surgimento de privilégios a políticos ligados a grandes empresas. Este modelo de financiamento prejudica a democracia, fazendo com que o processo eleitoral seja exclusivamente decidido pelo poder econômico.

A discussão sobre a reforma política e os meios de financiamento de campanhas no Brasil é urgente. Por isso, o 53º Congresso da UNE promoverá na próxima quinta-feira (30/5), em Goiânia, um importante debate acerca do tema com a presença de especialistas no assunto.

Entre os convidados estarão o membro da executiva nacional do Partido Pátria Livre (PPL), Márcio Cabreira, o professor de Direito Eleitoral da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e representante do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Edson de Resende, o juiz e mobilizador do projeto Ficha Limpa, Marlon Reis e o ex-presidente da UNE, Aldo Arantes.

‘’Combater a corrupção é atacar as causas deste mal e o financiamento público de campanha é o melhor remédio’’, declarou o atual presidente da entidade estudantil, Daniel Iliescu.

Bandeira: A UNE defende, oficialmente, a reforma política e o financiamento exclusivamente público para as campanhas eleitorais no Brasil. Para a entidade, a aprovação dessa medida tornaria o processo eleitoral mais transparente. O tema também foi um dos eixos que nortearam a Jornada de Lutas da Juventude Brasileira 2013, ao lado de reivindicações como o fim do extermínio da juventude negra, a democratização dos meios de comunicação e a exigência de educação pública e de qualidade para todos.

Maioridade Penalmaioridade-penal-Elson-Souto

A partir de que idade uma pessoa deve ser responsabilizada por um crime e ir para a prisão? Atualmente, a idade prevista por lei é 18 anos. Alguns defendem que a maioridade penal deve ser reduzida para 16 anos, outros acreditam que isso pode piorar ainda mais a situação e desviar a atenção principal, que é diminuir a criminalidade.

Nesta quarta-feira (30/05), às 14h, na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), essa questão ganhará foco em uma das mesas de debate do 53º Congresso da UNE. A discussão em torno do tema entrou na pauta nacional após recentes casos de homicídios cometidos por menores de idade.

O encontro contará com a participação do deputado estadual pelo PDT-RS, Vinicius Ribeiro; da deputada federal pelo PCdoB-MG, Jô Morais; e do membro da Consulta Popular (CP), Ricardo Gebrim. De acordo com o presidente da UNE, Daniel Iliescu, o debate tem o objetivo de promover uma reflexão aprofundada sobre o tema e colaborar na elaboração de propostas para conter o avanço da criminalidade entre crianças e adolescentes. “Essa discussão não pode ficar restrita ao problema da maioridade penal. Precisamos avançar e trabalhar na construção de políticas públicas efetivas, capazes de prevenir a disseminação da violência”, defendeu o presidente.

Discussão foi potencializada pela mídia após a morte do jovem Victor Hugo: No mês de abril, uma tragédia abalou o Brasil. O estudante Victor Hugo Deppman, de 19 anos, foi morto por um assaltante na frente do prédio onde morava. O crime chocou não só pela banalização da vida – Victor Hugo entregou o celular ao criminoso e não reagiu –, mas também pela constatação de que a tragédia poderia ter acontecido com qualquer outro jovem.

Esse capítulo da violência em São Paulo ganhou atenção especial da mídia por um detalhe: o criminoso estava a três dias de completar 18 anos. Após o ocorrido, outras matérias com crimes envolvendo menores de idade foram expostas e analisadas e mais de três emendas exigindo a redução da maioridade penal chegaram ao Congresso.

“O que chama a atenção é maneira como a grande mídia cobre essas tragédias. A maioria das matérias que vemos nos veículos tradicionais só reforçam uma característica do Brasil que eles mesmo criticam: somos o país do imediatismo. A cada crime brutal cometido por um adolescente, discutimos os efeitos da violência, mas não as suas causas. Discutimos como reprimir, não como prevenir” explicou mais uma vez Daniel Iliescu.

Democracia e Liberdade de expressãoliberdade1

Mídia, liberdade de imprensa e de expressão. A luta pela democratização dos meios de comunicação será tema de mais um debate que pretende reunir jovens de todo o Brasil durante o 53º Congresso da UNE. O encontro acontecerá quinta-feira (30/05), às 14h, na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

Rui Falcão, presidente do PT; Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé; e Luiz Carlos Azenha, jornalista e editor do blog Viomundo, serão os nomes de peso que nortearão os eixos do debate.

“A democratização da comunicação é uma pauta sempre presente nas discussões da entidade. As mudanças que os estudantes querem para a educação e para o Brasil não podem deixar de passar pela transformação da comunicação. A concentração da mídia de massas nas mãos de poucas famílias não cabe na realidade que vivemos no país”, avaliou a diretora de Comunicação da UNE, Virginia Barros.

Para a UNE, a definição de um novo marco das comunicações é necessária, atual e deve estar subordinada aos seguintes princípios: garantia da liberdade de imprensa e da pluralidade; respeito à privacidade; direito de resposta e de imagem; não à discriminação de qualquer tipo; complementaridade entre o sistema público, estatal e privado; desconcentração e democratização da oferta; promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente e à comunicação comunitária; universalização do acesso; liberdade na internet; e liberdade de imprensa.

Expansão das universidades federais – 6 anos de Reuni

A expansão da Rede Federal de Educação Superior teve início em 2003 com a interiorização dos campi das universidades federais. Com isso, o número de municípios atendidos pelas universidades passou de 114 em 2003 para 237 até o final de 2011. Desde o início da expansão foram criadas 14 novas universidades e mais de 100 novos campi que possibilitaram a ampliação de vagas e a criação de novos cursos de graduação.

O Reuni – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – foi instituído oficialmente pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, e é uma das ações que integram o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

Dados divulgados de recente levantamento (Análise sobre a Expansão das Universidades 2003 a 2012) feito pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com entidades que atuam no setor mostram que foram criados 2.428 cursos e 14 universidades. O número global de docentes aumentou aproximadamente 44%, passando de 49,8 mil em 2003 para 71,2 mil em 2012. Já o número de matrículas na graduação e pós-graduação nas instituições federais, quase dobrou passando de 596,2 mil para mais de 1 milhão.

Ainda existem obras a serem concluídas e melhoradas no interior do Brasil. Para questionar os desafios e avanços na educação superior brasileira, o 53º Conune realiza a mesa “Expansão e qualidade nas universidades federais”.

Estarão presentes na mesa: Paulo Speller, secretário da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação-Sesu/MEC, Afonso Florence, deputado federal (PT-BA), Carlos Levi, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e representante da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Programação completa do 53º Conune Goiânia aqui.

Comissão Regional dos Atingidos pelo Deserto Verde realiza Seminário sobre Violação de Direitos Humanos e as Plantações Industriais de Eucaliptos em Imbaú – PR

No próximo dia 06 de junho ocorrerá em Imbaú, PR, Seminário para tratar da violação de direitos humanos fundamentais provocados pelas plantações industriais de eucaliptos e pinus. O evento é organizado pela Comissão Regional dos Atingidos pelo Deserto Verde – CRADE, articulação formada por sindicatos, pastorais e movimentos sociais da região de Telêmaco Borba. O objetivo do Seminário é denunciar os impactos econômicos, sociais, ambientais e culturais que pesam sobre comunidades rurais no município de Imbaú e região.

A preocupação central dos organizadores é garantir a justiça social e a equidade ambiental e econômica de comunidades locais na região, uma vez que o modelo de desenvolvimento gestado pelo setor de papel e celulose, baseado em plantações monocultoras de pinus e eucaliptos, tem aprofundado cada vez mais as desigualdades sociais e econômicas em toda a região, além da injustiça ambiental. Este modelo econômico dominante também tem levado os gestores municipais a questionarem seu poder de decisão e autodeterminação, na medida em que o setor de papel e celulose exerce forte influência sobre o planejamento regional, dificultando a implementação de políticas territoriais alternativas, considerando que o cenário dos municípios está em transformação, com o desaparecimento/enfraquecimento das comunidades locais, o que reflete diretamente nos mais baixos IDHs do Paraná.

Na programação do evento, que inicia às 09h00 da manhã e encerra às 18h00, haverá apresentação dos conflitos socioambientais mediante depoimento dos atingidos pelo deserto verde, momento em que será realizado o lançamento oficial do Boletim Informativo: Deserto Verde no Município de Imbaú de autoria da CRADE. Em seguida o Prof. Dr. Roberto Martins de Souza – IFPR irá apresentar a pesquisa que originou o referido Boletim. Na parte da tarde, o espaço está reservado para exposição do Dr. Winfridus Overbeek do Movimento Mundial das Florestas Tropicais/Rede Alerta contra o Deserto Verde, seguido da palestra do Dr. Wagner de La Torre, Defensor Público do Estado de São Paulo, pelo Ministério Publico Estadual do Paraná e Ministério Público Federal.

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